Sumário do que poderá encontrar por aqui:
Os estudos que publiquei e irei publicar seguem uma ordem decrescente. No final da página estão os resumos do primeiro artigo em TCC do qual me formei em 2008 na faculdade de Psicologia e Saúde.
De 2010 à 2016 publiquei para a especialização em Neuropsicologia, Psicologia Social e outros trabalhos acadêmicos voltados ao meio-ambiente, tecnologia social, álcool e outras drogas, entre vários projetos.
De 2017 à 2022 publiquei os trabalhos para as especializações em Saúde Mental (RAPs e CAPs) e Cannabinologia e Medicina, onde estão os primeiros textos até então aqui. E na medida que me especializar mais, estarei publicando aqui ou no meu canal do Youtube "FilosArtes"!
Outros projetos com saúde mental, vulnerabilidade e vínculo social, hortas sintrópicas, estudos de Psicologia Analítica e também ocultismo e Magia Cabalística você poderá encontrar na aba "Blog".
E caso queira fazer sua Kabbalah Astrológica, busque as referências na aba "VAMOS!". Boa leitura!
Portfólio Pós em Cannabis Med. 2022
Iniciação na medicina canabinóide
Meus primeiros contatos foram através da Revista Mente&Cérebro Ano XX Nº 259 ainda... Após isso, tive aulas num período da especialização em Neuropsi com um dos colaboradores das pesquisas junto ao Sidarta Ribeiro em canabis medicinal, o professor Dr. Renato Malcher-Lopes. Então, o professor de sânscrito Carlos Gonzales, que tive a honra de conhecer na tradição budista; apresentou o livro de pesquisas de sua filha Susan Witte. Diante às novas possibilidades, e diante da abertura de pacientes clínicos, aos que apresentei as associações que gestavam os óleos medicinais para o Brasil, foram e ainda são gratos pela evolução positiva que obtiveram! Ainda sou um estudante neste ramo e com a especialização que a Inspiralli abriu, pretendo alcançar novos futuros com este conhecimento milenar!
Reflexões sobre as atividades
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História da Cannabis: E se tratando de conhecimento milenar, o curso abre com a história evolutiva do uso pela espécie humana com a planta. Registros de mais de 4 mil anos apontam diretamente a inter-relação humana com a cannabis, como as pesquisas insurgentes demonstram fenômenos de moléculas endocanabinóides nos processos cerebrais relacionados com o melhor funcionamento da Mente&Cérebro.
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Dessas moléculas (centenas delas) que compõe a cannabis, tive dificuldade de compreender em algumas questões do curso. Porém o aprendizado sobre os fitocanabinóides em terpenos, flavonóides e muitos outros, é de extrema valia para a atividade das características medicinais da planta. Da interação ao nosso organismo, como no Delta 9 TetraHidro Cannabinol, à interação de plantio e extração.
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As interações das endocanabinóides ocorre em diferentes sinapses cerebrais. Uma importante funcional de reestabelecer equilíbrio e "frear a entropia" do cérebro.
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Os receptores pré-sinápticos recebem influxos e inibições ao entrar em contato com os endocanabinóides, fluindo a anandamida nos receptores; hormônio este que está ligado ao funcionamento ótimo da cognição e nos processos de desenvolvimento de novas células nervosas. As pesquisas em derivados da cannabis restauraram os estudos psicofarmacológicos após toda a política de proibicionismo que se estenderam ao longo dos anos.
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Todavia essas questões atravessam os campos jurídicos, atualmente, sobre o uso das substâncias como psicoativos e suas variações para criminalizar e descriminalizar. A legalização é algo para a Legislação governamental aprove a comercialização e uso, seja de caráter pessoal ou medicinal. O que dissociasse nos preconceitos de como otimizar os avanços nas diversas aplicações da cannabis. A compreensão de usos dos opiácios aos canabinóides que poderão definir os rumos na temática sobre legalização e descriminalização.
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A Constituição prevê a livre iniciativa para todos os cidadãos abrirem suas empresas e participarem do mercado, desde que seja tratados lícitos. O direito constitucional e o direito civil também prevê sobre contratos, compra e vendas, regulamentação etc. sobre também o medicamento para pessoas que necessitam do tratamento.
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Os panoramas da cannabis medicinal no mundo refletem as descobertas realizadas sobre o sistema endocanabinóide em todo o corpo humano. O uso em si da cannabis dependem da legislação de cada país. Do uso recreativo e paliativos aos de controle de tumores e crises diversas. As pesquisas indicam que o CBD comporta as propriedades anti-inflamatórias, anticonvulsivante, analgésicas, antieméticas, antipsicóticas, ansiolíticas e contra o estresse. Já o THC possui em si propriedades de prevenir espasmos, redução em náuseas e vômitos, analgésicas, estimuladores de apetite, entre outras. O uso recreativo não envolve apenas o fumar, como também em forma de alimentos e usos esportivos.
Nanodegree 0: Cannabis - um olhar futuro
O curso abre com o Dr. Sidarta Ribeiro explanando sobre a cannabis como um todo: historicamente às propriedades medicinais. Sua seleção "artificial" modificou as formas de uso, sejam na indústria têxtil, marítimos e anti-inflamatórios. Um produto valioso e que impacta a economia de um país. E como foi dito, deve ser algo para pautas de inserir na população pobre os lucros da planta.
Nanodegree 1: Encontro Síncrono 11/09
O encontro apresenta os conceitos no DSM V para transtornos mentais. Estes estão compostos em níveis sociais aos sintomas físico-químicos. Os fatores de risco estão ligados à forma de uso e pouca correlação com as moléculas canabinóides. Poderá ser utilizada até em uso de controle de outras drogas e substâncias.
Nanodegree 2: 08/10
A aula apresentou as avaliações sobre contextos estudados em grupos. O que se nota que ao confrontar conhecimentos gerais, as pessoas mudam seus pontos de vista. O que pode ser positivo quanto negativo. Algumas recomendações literárias passadas de muita importância também foram entregues nesta aula.
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A toxidade e segurança sobre o uso da cannabis aponta que a dependência química é baixo, porém o uso por jovens, a dependência psíquica é alta. Todavia não há estatísticas para causas mortais do uso. Não há evidências sobre causas de câncer com o uso da cannabis. Na esquizofrenia, as evidências são controversas. Não se sabe se a cannabis é a causa ou consequência e aponta-se que reduz a ansiedade e mania depressiva em esquizoides. São contraindicados na gravidez, pois as moléculas acumulam no leite materno. Altos níveis de THC podem causar ansiedade e pânico, porém opióides são, potencialmente, mais danosos aos pacientes.
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A prescrição de produtos demanda atenção sobre os espectros contidos em cada um destes. Alguns com dosagens fixas como cápsulas, outros com espectro total de todos os fitocanabinoides contidos na cannabis que resultam em maior efeito entourage; e suas vias de administração, onde a mais comum é a via oral. Derivam do extrato da planta utilizando de cromatografia e dá-se os elementos de Canibegerol (CBG) e Canabidiol (CBD). Além da via oral, há também uma crescente alta nas tecnologias para vias de inalação, comestíveis, supositórios e tópicos. A resposta ao tratamento como os efeitos colaterais estão baseados na dosagem, caso à caso.
Nanodegree Exp. 09/10:
A aula trabalhou sobre saúde baseada em evidências, onde a construção científica envolve uma comunidade que aplicam práticas entre a metodologia da pesquisa e a aplicação nas abordagens teóricas. As práticas em evidências levam à uma integração de processos históricos e clínicos para uma compreensão holística dos fatores da saúde. Revisar os pares, fazer distinções de artigos a partir de sua aplicabilidade foram ressaltados durante a aula. As ferramentas para coletar informações são ótimas e qualifica melhor o trabalho científico ao qual busco como meta nesta pós-graduação.
Encontro síncrono 13/11:
O encontro com Mario Grieco tratou de fatos e falseamento sobre as propriedades medicinais e históricas da cannabis. Por exemplo, de insanidade e morte de neurônios que eram divulgados, hoje se sabe que a cannabis promove a neurogênesis, melhora de fluxo sanguíneo para os campos cerebrais, entre outros vários benefícios. Estudos epidemiológicos apontam que cannabis não apresenta índices de dependência química/física. Em estudos desenvolvidos na Inglaterra, é apontado que o álcool causa mais mortes que todas as outras drogas, sendo a maconha considerada de baixo nível de risco aos usuários. É necessário separar efeitos do THC com o CBD, ou isolados.
Teste Farmacogenético
Os impactos da prescrição ocorrem com as diversidades genéticas dos indivíduos. Há efeitos diferentes sobre psicose iniciadas por uso de drogas e o estado de esquizofrenia. Indivíduos com alto risco clínico de ideação paranoide poderão desenvolver a psicose. Outros efeitos estudados são de bem estar e prazer ao usar a substância da cannabis. Os estudos genéticos são ótimas ferramentas para compreender e também clinicar sobre aspectos diversos do indivíduo.
Aspectos farmacotécnicos:
O óleo de qualidade advém das flores e das folhas "açucaradas" que compõe essas flores da Cannabis. E a farmacotécnica busca atingir respostas terapêuticas nas medicações para os pacientes. Estudam as características físico químicas dos produtos e estudos de estabilidades destes. Após a primeira extração, o óleo cru, após isso a invernação para a o material surja. Após filtragem e esterilização, etc., o produto final ocorre com qualidade.
Encontro dos Coordenadores 04/12
O encontro com o Professor de Medicina foi muito marcante e uma das aulas mais excelentes no curso! Em respeito à isso, estarei colocando os estudos deste encontro que Dr. Hélio Mororó elucidou com imensa destreza, às pesquisas do projeto de TCC ao final do curso.
Nanodegree 8 - 11/12: Uso Medicinal da Cannabis
De acordo com a aula, Pen Tzu Ching na antiga China, em textos védicos Hindus e vários períodos da história da humanidade no ocidente e seu desenvolvimento religioso, já tratavam as pessoas ou usavam em rituais religiosos sagrados com a cannabis. Os hebraicos chamavam a planta por algo como "cana aromática". Em 1851 a cannabis entra para a farmacopeia norte americana. Após o histórico de proibicionismo com vieses ideológicos, há uma "redescoberta" da cannabis nas décadas finais do séc. XX e início do séc. XXI o progresso científico apontam diversos fatores terapêuticos como também de recuperação bioquímica para animais (humanos ou não) em geral. Em 1988 a Drª Howlett e equipe isolam os receptores de cannabis em ratos, denominando Delta-9 THC. Em 2014 os avanços nos estudos incentivaram pacientes (do autismo ao Parkinson) à procurarem por recursos jurídicos e terem acesso ao medicamento canabinoide.
Sistema Endocanabinoide e seu Potencial Terapêutico
Descoberta do receptor endógeno (CB1) em 1992 (Mechulan et al.) - Nomearam então de Anandamida. Em 1994 reconheceram os receptores antagonistas do CB1, chamados de CB2. Estes últimos mais predominantes no Sistema Nervoso Periférico (SNP). Atualmente ainda não se sabe mecanicamente como o Canabidiol atua no organismo, toda via sabe-se que apresenta o agonista para o THC e melhor adaptabilidade quando ambos são inseridos nos tratamentos diversos. Visto que o Sistema Endocanabinoide (SE) faz a neuromodulação dos diversos sistemas do organismo animal.
Um dos tratamentos com full expectrum de Cannabis que percebe-se estes efeitos de neuromodulação, são nas doenças de enxaqueca. Considerada doença crônica, hoje novos potenciais terapêuticos se abrem com a Cannabis medicinal. A enxaqueca surge em mecanismos complexos nas meninges, eventos corticais, gânglio trigemial (NCT); tronco neuropeptídios; e quando excitados no córtex frontal. A Depressão Alastrante Cortical sugere que pode ser tratada através de seus receptores de Endocanabinoides.
Papiro de Ebers (link on img)
Plantio Cânhamo Sec. XIX
Achiles Mbembe (2018), filósofo contemporâneo, define o conceito de Necropolítica, onde o racionalismo excessivo advindo do Iluminismo também leva à inúmeras mortes.
O Iluminismo levou às revoluções científicas necessárias ao Mundo moderno, à crítica do absolutismo e privilégios da monarquia. Porém a centralização do ser humano também fez enrijecer o ego ocidental, acreditando na colonização, genocídio, destruição de culturas diversas e o epistemicídio: mortes em nome da racionalidade, que antes era em nome do Deus cristão. Mudam-se os nomes, mas as sombras do ser humano rege suas ações agressivas.
Então são formuladas as instituições que ditam quem deve viver e quem deve morrer, caso não se adapte a nova biopolítica institucional.
Aspectos Sócio Históricos da Cannabis
As primeiras plantas domesticadas encontradas em sítios arqueológicos, datam de cerca de 12 mil anos antes da Era Comum. Originadas nas Estepes da Ásia Central. Há provas, segundo Pontes (UERJ, 2017), sobre o uso medicinal e cultural da cannabis na China antiga, cerca de 6500 anos atrás. Sua história registrada nos Vedas hinduístas cerca de 2000 anos antes da Era Comum indicam extrações e uso na espiritualidade deste povo. Foram descobertos também na Grécia e Roma, cerca de 70 anos Após a Era Comum, registros médicos de Dioscórides em uso extensivo. No período islâmico no Norte da África, as plantas usadas por estes povos passa a ser cultivada também por africanos. A militarização que Napoleão instaurava, em 1800, iniciou a proibição do uso dos extratos e fumos de cannabis, pois temiam a perda do espírito de luta dos soldados. E em 1839 o médico O'Shaughnessy relatava sobre as propriedades anticonvulsivantes da planta ingerida. Entre 1870 e 1890 médicos iniciaram a proibitiva da planta, usando de termos eurocêntricos e racistas para "validar" a proibição. Mesmo assim, em 1889, em um artigo na revista The Lancet pelo PhD E. A. Birch descreveria o uso da cannabis para o tratamento ao vício em ópio.
Em 1963 foram descobertas as estruturas moleculares do Canabidiol em Jerusalém, na Universidade Hebraica. Em 1971 o então presidente dos EUA, Nixon, declara guerra às drogas. Recriando o estigma racista contra judeus, negros, latinos... Em 1976 a Holanda regula as leis sobre posses de drogas leves e drogas pesadas e são instaurados os primeiros "Coffee Shop" onde pode-se usar produtos com base em Cannabis. Em 1981 o periódico científico da UNIFESP para as comunidades científicas mundiais, publica efeitos benéficos para crises convulsivas através do CBD. Todavia a Junta Internacional de Controle de Narcóticos (JIFE) emitia anualmente relatórios obscuros e muitas vezes perniciosos sobre países que tinham leis mais abertas para usuários de Cannabis; insultos inclusive faziam parte destes. Estes relatórios se estenderam de 1992 à 2013. A OMS publicou em 1995 que os efeitos do uso de Cannabis são muito menos nocivos que as do uso do álcool e tabaco. Em 1998 em uma sessão extraordinária da ONU, assinada por mais de 500 representantes mundiais, apontavam que a guerra às drogas eram muito mais prejudiciais aos cidadãos do que o próprio uso em si das drogas.
Agricultura e Meio Ambiente:
Os novos estudos arqueológicos apontam que o gênero planta Cannabis estava no início da revolução agrícola (Período Neolítico). Se difundiu da Ásia para todas as regiões do planeta, nas imigrações humanas ao longo de toda a história da humanidade, cerca de 12 mil anos. Estudos genéticos atuais detectaram que o sistema Endocanabinoide evoluiu da correlação do humano com a planta desde as primeiras pequenas civilizações; tanto por alimentação quanto outras variedades de uso da planta. A planta evoluiu pela seleção artificial humana e nós, evoluímos comportamentos, nervuras e cerebralmente com a planta. Em verdade, até meados do Sec. XIX o cultivo de Cannabis foi visto com proeminentes resultados nas Américas, principalmente na do Sul; onde o cultivo abastecia fontes calóricas, de energia luminosa e diversos outros recursos que impulsionaram a evolução da civilização.
Como destacado no tópico anterior, sobre a história da Maconha; foram Leis criadas para incentivar outros tipos de produtos a base do petróleo a partir de 1830 até recentemente, que nublaram a extensa história da erva, considerada sagrada em todas as Culturas mundiais. O advento industrial, por mais interessante em suas cadeias evolutivas para a tecnologia, foi o que deu portas para o proibicionismo e criminalização dessa planta milenar.
Na histórica proibição do álcool (1920 à 1933) surgem o fortalecimento de facções criminosas que evoluíram para organizações, máfias e auto escalão político. Mas voltemos para a agricultura.
A RDC 17 da ANVISA (2015) retira o Canabidiol da lista de substâncias proibidas e regula para fins terapêuticos. Em 2017 a agência segurança e eficácia em produtos com mesma proporção de THC associado ao CBD em tratamentos de esclerose, epilepsia e autismo. E em 2019 a RDC 327 regula a importação de insumos e produção nacional de produtos a base cannabis.
Sahaja Yoga (link on img)
Uma nova "idade das trevas" é lançada sobre a Cannabis e todas as pessoas ao seu redor. Foi pelo interesse da indústria médica e farmacêutica em meados do Sec. XX, ao perceber o investimento terapêutico com a Maconha, que as pesquisas retornaram na investigação e dissecação da erva milenar...
Ciência & Arte
Breve resumo do artigo de conclusão do curso de Psicologia (2008).
Neste TCC busquei abordar a hipótese teórica das técnicas humanas ao longo da história da evolução antes destas se separarem em categorias artísticas ou científicas. Neste reencontro, aponto para a potencialidade das capacidades progressivas estarem interconectadas, ou seja, a Arte pode elevar as Ciências e suas especialidades, assim como a Ciência aprimora a dinâmica artística e técnica para que a humanidade aprimore sua essência natural: a de construir Cultura e Memória!
O presente trabalho não encerra a discussão sobre as produções humanas e sua história. Está para um poema incoerente, cheio de bravura pelo caos que faz tudo acontecer (...)
É do experimentar o real para conhecê-lo, a tendência da natureza de transformação contínua e inevitável também é uma ciência, porém tão próxima do inimaginável que só a alcançamos pela prática das habilidades: a arte. E, segundo Jung (1975), experimentar leva ao conhecimento, à ciência, a refletir conscientes, como também inconscientes, sobre nossa transformação individual e do meio em que habitamos (...)
CIÊNCIA E ARTE: UMA BREVE PREPARAÇÃO PROGRESSIVA
NA ASSINATURA PSÍQUICA DE PRÁTICAS DO SER HUMANO
“Os desenhos que Galileu fez da Lua como havia visto com suas lunetas são emblemáticos. Foi o conhecimento de desenho, do claro-escuro, adquirido por Galileu em Florença que lhe possibilitou compreender a aparência da Lua. A geometrização da projeção das sombras pode ter lhe permitido perceber as irregularidades da superfície lunar. Ele foi capaz, até mesmo, de determinar a altura das montanhas lunares, novamente valendo-se da perspectiva. Assim, a Lua representada por Galileu deixou de ser a imagem da perfeição – associada, no imaginário cristão, à Imaculada Conceição – e passou a ser mais um corpo celeste com características comuns, como a Terra” (REIS et all, 2004, p 3).
(...) TEORIA DA ILUSÃO COTIDIANA E A SUPERAÇÃO DO SER: discussão entre Ciência e Arte e do processo da assinatura psíquica que rompe com modelos estáticos do ser alienado pela sociedade antinatural. Regressando ao autoconhecimento formado daquilo que crê, releva e acredita ser importante, sem deixar de lado os principais expoentes que montam a expressão do ser com a natureza. Envolvendo Ciência com Arte e o modo de se fazer ciência com a antiga teoria algébrica dos gregos: o número áureo; uma equação é forjada para melhor conceber forma à distorção macrossocial que absorvemos e apresenta formas no micro campo psíquico de um indivíduo por si só. Seu movimento acaba por interagir com os demais presentes em sua comunidade, atingindo, assim, várias camadas relacionadas aos diversos estilos do ser humano. Porém, uma vez entendido, compreendido e apreendido como fontes relativas, a simetria desejada pelo ser passa a apresentar-se assimétrica e relevante ao sentido de busca de autoconhecimento e comportamentos de expressão do ser.
A genus omne* é a mesma por milênios e ainda se encontra na situação em que se estagnou: a de homem-tecnológico. Ora, os faraós e hebreus que habitavam os arredores do rio Nilo, os homens e mulheres habitantes de cavernas no princípio da marca histórica do ser humano na natureza; são estes mesmos humanos de agora que, com idéias tão modernas, estão assistindo aos produtos tecnológicos deixados ao longo da história e criando seus sentidos de existência para acreditarem fazer parte de um sistema muito mais amplo que os fazem merecedores de sobreviver. São os mesmos que atribuíram sentidos de existência – ou divinos – aos objetos que os faziam vivos e fortes frente ao meio devastador que vinha a enfrentá-los em outras épocas remotas da natureza.
* A espécie humana em geral, (NIETZSCHE, 1882) (...)
Sagan, (2006), em seus estudos na história das ciências, relata como era a idéia que difundiram na Idade Média para reconhecerem e capturarem as mulheres as quais chamavam de bruxas e feiticeiras por serem filhas de humanos com demônios – demônio em grego antigo significa conhecimento, pôr uma luz para ver. Sagan diz que a ciência pode ser difícil de se entender e ainda mais por desfazer crenças que muitos de nós nutre e que acreditamos fielmente ser a verdade: o sentido de existência que acalma os corações. Levando-nos, lentamente, a construir armas de destruição em massa quando colocada em mãos de humano que promovem as revoluções históricas, “os conservantes da espécie que impulsiona-a para o engrandecimento dos mais fortes sobreviventes” (NIETZSCHE, 1882) (...)
No entanto Carl Sagan (2006) diz que a própria ciência deixa anexado em seus teoremas e cálculos um lembrete de qualquer erro, mas qual conhecimento da natureza é completo? E a mudança de paradigmas – conceito de Thomas Kuhn em A Estrutura das Revoluções Científicas (1970) – se faz na medida em que conceitos de outrora não respondem mais a novas questões sistemáticas de descobertas recentes, ou de revisões de antigas teorias. Ou seja, até mesmo as ciências com seus dogmas paradigmáticos mantêm-se flexíveis à mudança e ao novo. O cantor e compositor Belchior* dizia que “o que era novo e moderno, hoje é antigo e todos nós devemos nos rejuvenescer”.
* Cantor e compositor nordestino. Música citada: “Velha Roupa Colorida” (...)
Ser cercado por métodos e técnicas de conduta e da moral... Reprimir a loucura, a única normalidade existente no complexo humano... É isso que seguem os imutáveis e conservadores das palavras? A causa, ou objetivo final: a morte é a única transformação natural do corpo, onde volta a ser gás, terra, água e uma lama viscosa das toxinas gordurosas. É inútil ter certeza do que nos atravessa, somos apenas seres em constante transformação, paradoxo mortífero de nosso objetivo a metagênese sensorial do Universo inter-circundante – essa expressão diz respeito a interação energética existente no universo; de que não estamos separados materialmente e sim interligados, como afirma Capra (1999), em toda nossa estrutura molecular e metagênese refere-se para algo que está além do início de qualquer coisa (...)
E nossa essência, como dialoga Deleuze em seu abecedário, é ficar à espreita, a observação montada um novo sentido de criação e utilidade para o inventável. O nascimento daquilo que é zero, ser invisível, dialogando com Souza (1999) sobre o objeto ∂, o Nada que faz sentido e contorna com materiais transformados da natureza pelo dom neural dos seres humanos de construir contorno e dar uma forma singular tanto à expressão psíquica quanto para suas obras artísticas. Profundos reflexos de umas e de outras.
A marcha que vem sendo feita, segundo Sagan (apud HAWKING, 1988), do big bang aos buracos negros, implica os mecanismos de geração da luz, da gravidade, da matéria densa e também do fino fluxo temporal sem os quais, não fosse a maneira que Universo foi e está se estruturando, não estaríamos aqui divagando em pensamentos e vivências artísticas, emocionais e intelectuais sobre o que nos circunda e permeia e como isso ainda vai indo para cada vez mais além de nosso próprio futuro. Explicações vagas que não foram fundamentalmente observadas a fundo expõem as limitações dos seres humanos na compreensão que têm do Universo. As produções humanas que o registram na história do conhecimento universal foram baseadas no questionamento sobre os processos da natureza e como ela funciona e deixa de funcionar (...)
Recortes textuais do TOMO I - À Ciências. Para a leitura completa do TCC acesse o artigo através do link em AcademiaEdu.
A PNH procura não discriminar os trabalhadores pessoalmente, o que seria um discurso moral de “como deve ser feito”, mas antes uma tentativa de capacitar e motivar. As práticas em Saúde são múltiplas e é preciso envolver-se não só nos aspectos trabalhistas para que essa multiplicidade seja praticada no cuidado e no acolhimento institucional. Correlacionada à Bondade, Escuta cuidadosa, Acolhimento, Benevolência, Hospitalidade, etc. Saúde envolve coletividade, individualidade, bem-estar físico e emocional, artes e lazer, sociedade, sentimento de integração com o Meio. Nessa perspectiva também não há dicotomia nas relações entre Gestores e Cuidadores. Trabalho em equipe, construção de saberes e consideração!
A Rede Humanizada envolve os profissionais das Secretarias: da Saúde, da Assistência Social e englobam serviços juntamente com a Educação, Cultura, Esporte e Turismo. Além das reuniões matriciais, os profissionais ofertam um grupo operativo direcionado aos usuários da saúde mental com alto ou médio risco psicossocial, juntamente com amparo familiar. A finalidade é reduzir a exclusão social, gerar vínculo comunitário e profissional, prestar apoio psicológico e social ao usuário e sua família como também desenvolver habilidades diversas de acordo com os temas sugeridos em assembleias dos usuários. Também tem como finalidade dar amparo aos trabalhadores da Rede Humanizada, ACS, entre outros.
O grupo acontece semanalmente, é semifechado focando nos usuários de saúde mental, porém sem numero relativo para adesão grupal. As equipes utilizam de Busca Ativa e Acolhimento para a adesão de novas pessoas, Artesanato, Pintura, Plantio, Passeios e Danças com Dinâmicas para a manutenção grupal. O projeto tem participação das médicas, educadoras sociais, enfermeiras, assistente social, psicólogos e agentes de saúde. Ainda encontram-se dificuldades da adesão por alguns usuários, porém a Rede Humanizada busca sempre orientar e diminuir as formas de preconceitos contra o conceito da saúde mental. Outra metodologia será de ampliar o grupo para o Abrigo Municipal.
Utiliza-se as reuniões matriciais para avaliações, observações e monitoramentos, além de planejar as estratégias da rede. As reuniões ocorrem uma vez por mês com as equipes do CRAS, UBS e NASF, além da participação das gestoras da Saúde e Assistência Social. Em casos excepcionais participam a psicóloga e a secretária da Educação.
O projeto ainda caminha para alcançar os melhores objetivos e metas, porém observam-se os impactos positivos com usuários e suas famílias. Apresentam melhoras na coordenação motora, na linguagem, nas expressões. Diminuiu as fobias sociais e sintomas depressivos. Aumento da produção artística e também da responsabilidade familiar pelo cuidado de si e dos usuários.
CONCLUSÕES
Observa-se a sensibilização das esquipes, a perda do preconceito sobre os trabalhos em saúde mental e humanização dos trabalhadores na forma de tratamento das pessoas em sofrimento mental. Redução de danos sociais, uso de medicamentos controlados e inclusão consciente.