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Foto do escritorMichel Luiz

Crenças Limitantes & Alienação

O controle ideal que foi forjado em nossas culturas através da globalização pareceu um fenômeno de grandes ganhos econômicos para a humanidade em seu início. Porém foi deste acesso aos luxos e sistemas de trabalho/salário que a verdadeira escassez tomou forma e alienou toda nossa civilização ao longo de milhares de anos.


E para manter este sistema desenfreado sempre defendido por nossos famintos estômagos e espíritos, guerras e devastação são forjadas ao longo das décadas para manter o status quo operando em nosso imaginário coletivo e silenciamento das massas diante tanta violência e complicações diversas aos sistemas ecológicos e sobrevivencialismo.




Este breve artigo apresenta aspectos negativos que podem desengatilhar medos sobre o futuro de nossa espécie. Porém é através destas reflexões severas que poderemos pensar sobre um novo futuro que dependem de nossas mudanças de atitudes políticas e escolhas desmistificadas arraigadas nas falsas crenças que causam nossos comportamentos.


Em um trecho do livro A Cabala do Dinheiro, o rabino Nilton Bonder diz que o maior mal que assola a humanidade é a pobreza. Que este mal foi construído ao longo dos milênios para que o vulnerável socioeconômico sempre sinta necessitado e obrigado a exercer algo para manter sua frágil sobrevivência. E de onde poderia ter surgido essa forma de alienação e manipulação das pessoas na história humana em um planeta altamente abundante de recursos alimentícios?


Num primeiro momento vale pesquisar sobre como se deram as difusões dos símios/hominídeos que formaram os primeiros grupos da espécie e sua eventual assimilação em coletivos, formações de habilidades e por sua vez as protos civilizações com aspectos tribais próprios de cada coletivo ancestral. Através do rastreamento das "pegadas de fósseis" - estas diferentes das chamadas "pegadas Trachilos" descobertas em 2002 pelo paleontólogo polonês Gierlinsk, mas conectadas na história da propagação da espécie - podemos hoje definir as passagens civilizatórias e sua forma comercial que conceituam tradições alimentares, formas de preservar o legado agrário e as iniciações sacerdotais que dominavam o conhecimento metafísico de suas épocas que destinavam aos inventores/artesãos formalizarem equipamentos para melhor proveito das suas fontes econômicas de subsistência.


Não descendemos apenas das protos civilizações que estavam agarradas ao legado agrícola capaz de manter vivos e salvos "das noites selvagens". Também haviam aqueles que entenderam que uma certa dominação de conhecimento e cerceamento de atividades ou produtos comerciais, reproduzia a ignorância das populações e logo, sua alienação sobre o dever prestativo para que suas gerações pudessem ter onde viver. Assim surgiram os impérios e as competitividades para pura e simples demonstração de poder. Lógicas do esquecimento alienam as pessoas até hoje, seja nas dimensões de escolhas políticas às suas formas de contar histórias sobre seus conhecimentos de vida, fé, entendimento de mundo, o que é precioso cultivar culturalmente ou em suas cozinhas.



Afresco de Pompeia - Paris sequestra Helena - Mito da Guerra de Tróia


Ora, quem nunca ouviu o famoso neologismo brasileiro "rouba, mas faz" quando se trata do campo político eleitoral? Retirando algo do desejo coletivo que formaria de forma pacífica o significado de estar e existir no Mundo, a falta presume um delírio também coletivo e mal-estar dito antes de rebeldias ou enfrentamento, o costumeiro "é assim mesmo, deixa assim que um dia a justiça virá"...


Em nosso cerne bio-psíquico-social nos é construído essa ambiguidade que reproduz a segregação, mas que deseja a comunhão. De lá dos primeiros impérios aos atuais mitos modernos capitais e cibernéticos, mudamos apenas as ferramentas em mãos e a estética de apresentação ao sócios sobre o que deveriam ver do que sentimos ser. Nos vedamos da amplitude dos sistemas complexos que se dão do outro lado da própria rua onde moramos. Muita violência silenciada e assim, despontando sempre em uma forma de poder instituída há milênios: manter escassos os acessos, difundir a individualidade em extremos transtornos psicológicos e assim, manipular a linguagem dos que ganham suas migalhas de que isso é o mais próximo do belo e do paraíso que a humanidade poderia alcançar.


Quantas florestas não foram derrubadas antes mesmo de testadas suas capacidades de gerar alimento para as populações? Ou mesmo nos campos agropecuários, quantos alimentos não são jogados fora com a desculpa de uma pseudocontaminação, mas que irá reverberar na manutenção dos preços e lucros dos grandes ruralistas?... Como um país capaz de exportar tanto alimento que diz alimentar bilhões de pessoas, continua na linha da fome e da pobreza? Da falta de teto com tantos imóveis abandonados nas cidades e campos... Se você se depara com estas controvérsias que não aumentam e nem retiram nada dos lucros dos donos destes abandonos categóricos, não sei o que dizer sobre sua índole ou caráter humano...


De certo modo até mesmo a caridade foi recriada numa forma necessária de manter os necessitados esperando por suas esmolas enquanto os altruístas são beneficiados pela sociedade com reconhecimentos ímpares que inflam seus egos e retiram a culpa do fardo inconsciente de ter e ter cada vez mais. E essa premissa desdobra nas guerras contínuas em diversos locais do continente africano e outros locais-chave de produtos indispensáveis à estrutura do lucro capital solidificado nos últimos séculos.



Mafias em Palermo, 1978 - Archivo Letizia Battaglia


As cidades pouco a pouco foram transformadas para que a forma mais fácil de transitar por elas fosse com a posse de automóveis. A automação começou a formular o novo modo de ser e apresentar como cidadão digno de procriar sua memória (memes) e sua prole (genes). Com milênios e milênios do discurso religiosos "em nome de Deus", cruzadas puderam formalizar o poder "superior" do modo patriarcal sobre sociedades matriarcais. Ainda podemos deparar com famílias que mantém o centro de encontro e amparo pelas avós ou mães, mas em geral as indústrias e empresas priorizavam o trabalho masculino em detrimento das mulheres, que muitas vezes eram empregadas apenas em tempos de guerra ou na necessidade de mão-de-obra escrava.


Sem deixar de mencionar toda a tragédia do período de escravidão e ditaduras militares que assolaram centenas de milhares de comunidades pelo planeta. Enfim, o ponto que quero chegar é que essa midiática moderna incutiu no imaginário moderno o homem como o detentor do cavalo alado (o carro atual) sendo capaz este de dar conforto material e acesso social às mulheres. Uma longa tragédia advinda do romantismo televisivo ainda mantém essa ideia que determina a solitude como algo danoso e perigoso para as pessoas. E que só se consegue ser reconhecido por outro ser social se obter determinada estética ou riqueza que mostre como um carimbo que este é digno e aquele não.





E com essa liquidez de sentidos da verdadeira nobreza que é a reconexão com a Natureza, nosso real Sagrado, é que se faz o conceito de Elite: Os únicos donos de certo modelo superior e de pouco acesso aos demais, altamente poluente, mas que aponta quem está no nível divino, ou bilionário! Capaz de deter o poder sobre governos inteiros e produtos que chegam em nossas mesas, recheados de venenos que farão com que precisemos consumir medicações que não eram nem imaginadas há décadas. Definharam o sentido alegórico imaginário dos contos de fada capazes de dar chaves do conhecimento milenar de como nossa mente opera e é capaz de melhorar seus aspectos aprisionados*. Controlando nossa forma de modular o outro através de transtornos, exclusões, manobras salariais e... A FOME! A fome é o recurso mais utilizado na formação de escassez e manutenção da necessidade das pessoas precisarem de um proprietário capital lhes darem "a liberdade" de sobreviver através de empregos medíocres. "Não está satisfeito com meu jeito? Pode ir embora que tem outros que precisam trabalhar". Acha isso normal? Não tenho uma boa notícia para você e nem para os transtornos que irão assolar seu futuro...





* Sim, os contos de fada são protótipos vivos das iniciações ancestrais que hoje permeiam o conhecimento psicológico capaz de causar fenômenos terapêuticos nas pessoas. Em quaisquer formas utilizadas: seja da que toma para si o título de ciência palpável, a Cognitiva comportamental (ou TCC), às formas diversas terapêuticas comunitárias ou de outras escolas. Contos possuem elementos alquímicos, gnósticos, herméticos e cabalísticos, para não adentrar em mais coisas. Mas este tema ficará para uma próxima postagem aqui no blog.

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