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O Devir Criativo nas Lutas Sociais

  • Foto do escritor: Michel Luiz
    Michel Luiz
  • 18 de mai.
  • 5 min de leitura

Trechos do Livro "O Novo Tarot: de Urano" de Michel Luiz. Em homenagem ao Dia da Luta Antimanicomial, do 18 de Maio!



O desejo de potência, referido pelo Eros Divino, nas escrituras primitivas das cosmovisões místicas ancestrais, se reflete em nós, quando nos fazemos ativos em nossas vidas e afetos. E não apenas alvos de produtos e consumo delirante, implantados pelo delírio de grandeza capital. Em um artigo publicado na plataforma Scielo online, a Drª Josiane C. O. Souza, deflagra sobre como uma sociedade de controle opera na produção de subjetividade referida apenas no que podemos consumir. Sendo-nos aplacados por títulos e rótulos apenas quando temos poder de consumo e não poder de reflexão e fortalecimento de vínculo pelos afetos reais, entre Natureza e humanidade.


Resistir é preciso! Para que nos tornemos resistentes aos impactos negativos dessa sociedade adoecida pelo capitalismo, devemos primeiro refletir sobre quais engrenagens operam essas máquinas da anti-reprodução alienante. Essa que reduz nossas essências de transmutação e Devir Criativo, ao mero consumo e espectadores do vazio. Máquinas da morte, que assassinam nossos desejos e encontros com a Natureza, seu tempo de controle tirânica irá acabar. Vamos visitar alguns conceitos sobre a Esquizoanálise:


Trazendo como referência a reflexão de Suely Rolnik e Félix Guattari, em “Micropolíticas: Cartografias do Desejo”, da Editora Vozes; a doutora Jô Souza aponta para as crises do capitalismo não operarem apenas nas crises cíclicas da economia, ou das intensas crises climáticas. Ela opera sobretudo, nas crises dos modos de sentir: das relações sociais e seus modelos de vida imanentes das crises econômicas e geopolíticas, impregnadas pelo capitalismo. Passam, então, a operar nas camadas do inconsciente, onde serão destinados nossos investimentos simbólicos que realizam as necessidades de sobrevivência. Por exemplo: uma sociedade que fora construída dentro do consumo de monoculturas, o investimento passa a perpetrar no âmago das ciências, formulando teorias hipotéticas de como tal alimento é precioso e recompensador à nossa saúde. Nas mesas das famílias distantes dos meios científicos, chegaram os jornais televisivos ou mesmo o líder religioso, dando relevância a uma determinada ideia que assegura o controle hegemônico do latifundiário.


Uma vez que este último investe capital na política pública para assegurar sua ultratividade de exploração do campo, enquanto alimentamos nossa ignorância com os mais finos artigos acadêmicos, ou de luxo mesmo, dando a impressão de uma importância de nossa vida diante o Universo. Daí nasce o narcisismo em forma de cão-de-guarda, protegendo todo o sistema da anti-produção com discursos recheados de ignorância. E isso que aqui afirmo apenas o consumo de alguns alimentos. Vemos isso em diversas escalas: da necessidade de automóveis individuais que alimenta nossa alienação da reprodução sexual e do exclusivismo nas rodovias; nos flagelados medicamentos, os quais mais inibem nossas capacidades de recuperação e saúde, do que auxiliam. Mas tente você falar isso para as pessoas viciadas em algum medicamento, ou atendimento clínico...


É preciso um novo desejo, uma nova forma de ser e estar presente no mundo. (Trechos do subtítulo "O Segundo Nascimento - Para Além de Édipo e Anti-Édipo" de minha obra). Aqui adentraremos nos trechos sobre O Louco no tarô; este que carrega em seus estereótipos artísticos, a sabedoria arquetípica dos impulsos da Alma!



A natureza humana é a plenitude absoluta, seja na busca no mais profundo oceano ou no mais abstrato espaço celestial: não há distinção entre o Mundo, você e Deus. Somos filhos e filhas da Luz, logo, somos também luz, mesmo que imane das trevas do coração. Essa é a Razão Gloriosa da existência: respirar o fôlego da vida e destinar nosso aprendizado ao conhecimento constante e diário. A realidade do Si Mesmo sustentado pelo Universo, somos causa do Todo e constantemente em busca de aperfeiçoar através da liberdade das falsas noções, dos condicionamentos paralisantes. Não há erro em ser quem se é. Só o conhecimento é liberação, o ser sempre foi livre e sempre será o Todo. Conhecer a si e suas potências livres em suas capacidades de aprendizado é Devir! (...)


O Devir irá compreender como utilizar de cada Ferramenta com a portadora da Sabedoria e Retidão, a Alta Sacerdotisa e Virgem Oculta. Daí então, com as ferramentas lapidadas e capazes de imantar e irradiar imensa Magia, consagrada no Coração da Grande Árvore da Vida, o Devir se torna a Magia: o Mago que opera os eventos ocultos nas emanações da Binah. Agora capaz de doar e receber a Luz da Promessa, essa criança nascida em Luz Pura proverá os caminhos da ternura, da solidão, das escolhas e da ascensão de volta à Luz!


Apresento-vos a Nova Visão! Como são formalizadas as Ferramentas Mágicas que instauram a Essência do Arcano do Devir. Em contato com diversas pessoas ordenadas ou iniciadas nas Ordens tradicionais, de parei que seus estudos sobre os Arcanos Maiores, ou Trunfos, é dito que nossa Essência está contida naquela bolsa carregada pelo Louco do Tarot. Embora essa interpretação moderna seja benéfica ao consulente das cartas, ela deixa um certo tom de ocultismo que confunde muitas pessoas ao serem consultadas. Pergunte-se: qual a sua essência? O que é essencial para sua vida? E o que é a Essência na visão esotérica?


Essência é tudo aquilo que move nossa vontade de aprender, elaborar, produzir e comercializar, provendo sustento através daquilo sente real prazer em executar. Algo que não promove apenas o sustento, mas também gera transformação em nossas vidas quando estas se encontram em um trabalho benéfico, com potencial de nos dar valor e também servir ao próximo: sustento solidário e sustento espiritual. A essência é individual, mas ao beneficiar o coletivo e as vidas imersas neste Mundo, se torna a Verdadeira Essência.


(...)


Eis suas chaves de compreensão: é através da exploração nos oceanos mais vastos do inconsciente coletivo e individual e no Devir dos delírios cósmicos, que a humanidade encontra sua Verdadeira Vontade! Sua "criança curiosa" que quer transformar sonhos em atividades reais! Mesmo sabendo que esses terrenos de exploração apavoram e nos dão medo, podendo nos tragar como “dragões, ou seres poderosos”, sentimos que devemos saltar através desses abismos, para que possamos evoluir e continuar a perseverar na loucura que é a Vida. Porém, esse imaginário limitado não se deixa limitante, podendo recriar e formar novas invenções. Inventivo em si é o Devir e o Zero pode ser colocado no início e no fim de suas contas, assim como está no meio do que existe e não existe. O Zero traz em si o formato oval e circular ao mesmo tempo: uma representação do Ovo do Caos, onde a harmonia nasce? E o Círculo Sagrado e Divino, como aquilo sem começo nem fim: O Devir é fluido e também refluxo, movimento que vive!

(Trechos do subtítulo "Arcano ZERO - Devir").


E aí, está gostando da leitura? Bateu a curiosidade sobre os trechos não referidos aqui nessa pequena postagem? Considere adquirir a obra "O Novo Tarot: de Urano"!


Texto por Michel Luiz, em 18 de Maio de 2025.

 
 
 

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